Umbandista: um espirita de verdade

Umbandista: um espirita de verdade

Umbandista um espírita de verdade

 

Dentre as mudanças que estão se operando no mundo, sinto uma diferença muito grande nos trabalhos espirituais, nos Médiuns e na Assistência conforme o tempo vai se passando, não só naquilo que se refere à emanação, interferência e influencia espiritual, mas também na atuação dos Médiuns, seu posicionamento e atitude diante da religião, que para mim é tão enriquecedora.

Os trabalhos espirituais desse novo tempo que vivemos estão se desenvolvendo em todas as áreas e de diversas maneiras, e cada um de nós Médiuns temos a sensibilidade de saber qual o serviço a ser realizado sozinho ou em grupo, para saber de que forma podemos melhor servir ao próximo.
A missão aparentemente é individual, porém ela não é realizada da mesma forma, pois ser Médium é ser um interprete dos espíritos, da espiritualidade, dotado da faculdade da sensibilidade mediúnica, o que traz uma carga de responsabilidade e compromisso muito grande, o que exige que nos mantenhamos conectados de forma limpa à esta espiritualidade, ou seja se somos com nós mesmos, com as pessoas e com a vida o que pregamos, saberemos de forma clara qual o rumo que deveremos tomar seja em nossa vida ou na participação e influencia em outra, que pode ser de nossa família carnal, nosso meio social, profissional, nossa família religiosa ou um eventual passageiro de poucos minutos.

Nesse tempo de renovação social e espiritual, somos o alimento que irá nutrir e dar bons frutos aos nossos irmãos de todas as classes sociais, de todas as raças, religiões, opções de vida, de todos os lugares, pois fomos escolhidos para espalhar ao mundo a doutrina da valorização do espírito e seu papel sobre este plano.

O que mais me fere, é ainda ver muitos Médiuns se desviando de sua missão tão preciosa, por ainda estarem presos à vida material e suas obrigações e questões fúteis, de comodismo ou desinteresse ocioso, em muitos casos, simplesmente por não querer outras responsabilidades, além daquelas que mesmo com insatisfação ainda mantém por necessidade ou cobrança da família ou sociedade, e muitas vezes maldosas e de extrema vaidade pessoal, colocando-se a mão de interesses mundanos nocivos a si e a humanidade com a qual poderia estar contribuindo através dos dotes espirituais que recebeu por ter sido reconhecido no plano espiritual, como um bom instrumento de propagação e uso da caridade em ato de fraternidade. Este desprezo se não entendido e corrigido a tempo, com certeza trará consequências que o marcarão pelo restante da sua vida e pelas próximas.

Transformar e dar sentido a missão, não se deixando levar pelo dom inútil da inércia espiritual que faz parte do caráter humano em considerável proporção, voltado exclusivamente a si próprio, é fatalmente se entregar a revelia do julgo e sentido dos maus espíritos, dívida esta cobrada posteriormente e com certeza com altos juros.

Esta é uma advertência à exposição de muitos Médiuns que se colocam em uma posição de envaidecimento pelo poder da incorporação juntamente com a premonição muitas vezes enganosa, se esquecendo das diretrizes observadas pela doutrina umbandista, preservando a seriedade de uma ação espiritual de tamanha responsabilidade, além de não se esforçar em compreender tais diretrizes de responsabilidade e começar por aplicá-las primeiramente na sua própria vida. O fato de viver já estabelece uma missão de responsabilidade e de compromisso que esta diretamente ligada às outras que, compõe o mesmo objetivo de evolução espiritual e é isso que é reconhecido aos olhos de Oxalá.
A essência da Umbanda é sua transparência, clareza e verdade, é o que a faz perfeita, pois é uma religião que responde as perguntas das mais simples as mais complexas de forma clara mostrando as histórias de vida em seus detalhes, sem subterfúgios, sem enganos, mascaras, mentiras ou falsidades que somente podem depor contra a seriedade de uma doutrina criada pelo efeito de tão suprema espiritualidade no compromisso do desvendamento do espírito em sua forma e sentido de existência.

Creio ser muito difícil se libertar dos valores morais impostos por nossos instintos e apegos, por uma sociedade extremamente materialista, onde apenas se valoriza a posse material, o dinheiro e os recursos que só ele mantém, muitas vezes tornando estes valores tão distorcidos que levam a incluir no sentido de posse, até pessoas, atribuindo a esta possessão o sentimento de amor de forma tão obcecada, cega, violenta e vingativa sempre alimentada pelos espíritos de alto grau de maldade.

Por tudo isso não devemos nos distanciar de nossa espiritualidade e seu encaminhamento, de nossa crença, fé, do apoio e dos ensinamentos de nossa doutrina, pois esse é o caminho para um mundo mais justo. Sermos da mesma maneira, transparente, justo e verdadeiro, nos revelarmos através de nossas atitudes e ações expostas no dia a dia, assim nossas qualidades e virtudes se destacarão naturalmente.Este é o caminho do umbandista que quer de vontade própria e íntima se tornar um espírita de verdade.

 

Texto escrito pela Mentora Espiritual Sônia Moreno

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