NORMAS GERAIS DOS FILHOS DE SANTO (internos)
Objetivo
Padronizar as atitudes, responsabilidades e condutas a serem seguidas por todos os Filhos de Santo nos trabalhos do Templo Espiritual de Umbanda Caboclo Pena Verde, quer seja no Terreiro como no Santuário ou em outras atividades programadas sob o comando da Mãe de Santo.
Como entrar no Templo
Ao entrar no Templo assumir uma atitude de respeito, pedindo licença ao dono da casa, Caboclo Pena Verde, aos Orixás e Entidades de Luz de Direita e Esquerda. Reverenciar de maneira pessoal e respeitosa a porta da frente, Cruzeiro das Almas, a casa de Esquerda e de Omulu e entrando na casa, do lado de dentro a Entidade Zé Pelintra.
Como firmar as velas no cruzeiro
Antes do início dos trabalhos, todos os filhos de Santo obrigatoriamente devem firmar as seguintes velas (pequenas) para sua proteção e da Corrente na seguinte ordem:
Saudações ao Caboclo Pena Verde
Ao chegar ao topo da escada reverenciar a imagem do Caboclo Pena Verde, sem tocá-la.
Entrada no Terreiro
Antes de passar pela Trunqueira de entrada, ajoelhar-se fazendo um Sinal da Cruz no solo com a mão direita, cujo significado é o de abrir os caminhos, e pedir permissão ao Orixá Ogum (Chefe da Trunqueira também representado pela vela vermelha acessa) e demais Orixás de comando e chefia da Casa.
Congá
Em frente ao Congá, reverenciar Oxalá e os demais Orixás e Entidades dizendo como sugestão: “Agradeço a permissão de estar presente nesta Casa, torna-me digno deste momento e permita que eu possa contribuir com o melhor de mim para a realização destes Trabalhos”.
Durante este procedimento e qualquer outro que esteja relacionado ao Congá, este nunca poderá ser tocado, nem mesmo qualquer imagem nele exposta, isto se estende as águas da cachoeira e do mar e o sal que deverão ser pegas com as conchas.
Quadro da Mentora (Dona Anna)
Após reverenciar o Congá, saudar o quadro da Mentora sem tocá-lo.
Tridente e capa do Exu Sete Encruzilhadas
Em seguida da Mentora, saudar o Sr Sete Encruzilhadas e toda corrente da Esquerda sem tocar na capa e no tridente.
Atabaque e Ogãs
Cumprimentar e reverenciar os atabaques e os Ogãs curvando-se à sua frente em sinal de respeito.
Sua posição na Corrente
Depois de completado os passos anteriores dirigirem-se às suas respectivas posições permanecendo em absoluto silêncio e concentração, preparando-se para a abertura dos Trabalhos.
O cumprimento aos irmãos, Mãe de Santo e Pai Pequeno deve ser feito antes de subir ao Terreiro. Se isso não foi possível fazer apenas uma reverencia no chão em sinal de respeito à Mentora Espiritual e ao Pai Pequeno, sem a necessidade do contato físico.
Bebida e tabagismo
É vedado a ingestão de bebidas alcoólicas no Terreiro durante os trabalhos, bem como o tabagismo em ambos os casos liberados somente em casos especiais para limpeza de guias os outros rituais.
DAS SAUDAÇÕES
Saudação e cumprimento a Mãe de Santo
O cumprimento a Mãe de Santo deve ser quando de sua entrada no Terreiro através do Canto de Saudação. Não há necessidade de cumprimentos individuais. Os filhos de Santo que chegarem atrasados farão o cumprimento dentro da Corrente.
Orixás e Entidades
Cada Orixá ou Entidade tem uma saudação específica e característica que deve ser observada e seguida para o perfeito cumprimento. Assim sendo segue abaixo as corretas saudações e seus significados:
Vestimenta
É obrigatório o uso da roupa branca dentro do Terreiro durante os trabalhos. As mulheres deverão usar saia branca com calça grossa branca não transparente por baixo (é proibido o uso de calça tipo “fusô”), camiseta branca e Ojá, ambos com o emblema do Templo e calçado branco sem salto, tênis branco ou chinelo branco ou descalço.
Os homens devem usar calça branca, camiseta branca com o emblema do Centro e Ojá, calçado branco, tênis branco, chinelo branco, ou descalço. Vale o mesmo para o Santuário apenas com o uso da camiseta verde no lugar da branca.
Na festa de Iemanjá deverá ser usada a camiseta verde com o emblema do centro. É também proibido o uso de acessórios tais como, brincos de tamanho desproporcional, pulseiras, relógios, peircings, etc., em todas as atividades Espirituais.
Guias
São instrumentos de ligação da espiritualidade com o mundo material. Servem como condensadores de energia e protetores, contendo a energia do Orixá e/ou Entidade. As guias de trabalho servem para melhorar a ligação fluídica do médium com a Entidade e/ou Orixá.
Devemos tratá-las com respeito, devendo ser guardadas dentro de sacos brancos para guias de Direita e preto/vermelho para as de Esquerda.
Não deixá-las dentro de carros, banheiros ou lugares de baixa energia. As Guias de Trabalho devem ser guardadas no armário, dentro do Templo.
Podemos ter guias de Direita e Esquerda para uso pessoal, para nossa proteção diária. Também devem ser guardados em lugares próximos e apropriados, com o máximo de cuidado, em sacos para esse fim.
As guias devem ser de material natural, como porcelana, cristal ou sementes, pois esses materiais absorvem a energia e a vibração de forma apropriada. Plásticos e outros materiais como vidros ou resinas não possuem as propriedades necessárias para fixação destas energias espirituais e não são capazes de absorver e reter as imantações divinas condensadas em suas consagrações.
Todos deverão usar as guias conforme o padrão do Centro, ou seja, com 126 ou 147 contas mais a firma, podendo ser de cristal ou porcelana. Deverão ter uma única cor, exceção feita às guias de Sete Linhas (com as cores das sete linhas), Omulu (branca, preta e vermelha), Criança (rosa e azul) e Esquerda (preta e vermelha) e de Cigano (com as sete cores mais a laranja). As guias de Baiano podem ser também feitas de “coquinhos”. Os Filhos de Santo deverão ter no mínimo uma guia branca de Oxalá, Uma de Sete Linhas, uma de seu Pai e uma de sua Mãe de cabeça na respectiva cor e uma preta ou preta/vermelha para os trabalhos de Esquerda.
Em função das condições financeiras poderá optar por guias pequenas, sendo obrigatoriamente uma branca de Oxalá, uma de Sete linhas e uma preta ou preta/vermelha.
Quaisquer outras guias, de padrões diferentes devem ser autorizadas somente pela Mentora Espiritual. Isso evita excessos de vaidade e mistificações que não acrescentam nada ao nosso trabalho espiritual na Umbanda que é simples e puro.
Preleções e avisos
Durante o tempo que uma Entidade estiver fazendo uma preleção ou mesmo a Mãe de Santo estiver dando avisos todos deverão ficar em perfeito silêncio e atentos.
Compromissos e obrigações
São obrigações indispensáveis de todos os Filhos de Santo:
Considerações gerais
A criação deste documento deve-se a necessidade de organização, normatização padronização das práticas, conceitos e disciplina dos Filhos de Santo e da assistência, em função do grande crescimento e exigência na evolução Espiritual do Templo.
O fiel cumprimento das normas aqui descritas reverterá em total benefício de todos os Filhos de Santo, Mãe de Santo, Orixás e Entidades de comando e chefia deste Templo bem como da própria assistência, uniformizando a conduta de todos em prol de trabalhos mais firmes e eficientes.
Objetivo
Padronizar as atividades, responsabilidades e condutas a serem seguidas por todos os Médiuns de Consulta, Descarrego e Linha Médica da Corrente do T.E.U. Caboclo Pena Verde, buscando harmonizar a conexão entre o plano Espiritual e o físico dando equilíbrio e sustentação aos trabalhos realizados, tendo como objetivo a evolução do espírito, tanto no Terreiro como no Santuário ou em outras atividades espirituais programadas.
Considerações gerais
Através da mediunidade se estabelece a comunicação do mundo material com o Espiritual. Sabemos que a mediunidade é uma sensibilidade que se manifesta de diferentes formas e ela vai se aprimorando com a prática e se torna mais intensa, portanto deve ser bem dirigida, orientada e aceita com compromisso e seriedade. Deve estar voltada ao bem da Humanidade e estar a serviço da evolução e crescimento do espírito, pois foi assumida antes do encarne na matéria. O espírito já trás esta marca e de acordo com seu compromisso será voltada para a cura, orientação, incorporação, etc. Quanto mais for exercitada mais será aprimorada.
A mediunidade vai ser entendida e desenvolvida de acordo com o grau de maturidade, evolução ou estudo para ser vivenciada pela pessoa de maneira a prestar o socorro e a caridade necessária ao cumprimento de sua missão.
Há um chamado da espiritualidade para que esta mediunidade atinja os objetivos pré-determinados em prol da evolução do espírito e de ações benéficas ao mundo material.
O Médium de Consulta disponibiliza seu corpo, para que através dele, Entidades de luz e de alta vibração, se manifestem dando palavras de orientação, alívio e consolo, cura dos males espirituais e outras ações e atividades que se desenvolvem dentro de um Terreiro.
Essas ações devem ser sempre consideradas como ações da espiritualidade e os médiuns devem manter uma postura integra, isenta de vaidades ou qualquer outro sentimento não condizente ao serviço de caridade e doação para o cumprimento de sua missão.
Deve existir uma troca mútua entre Médium e Entidade onde um fornece toda uma experiência de uma vida regrada e enriquecida pelo avanço intelectual e comportamental no plano terrestre e o outro, toda uma bagagem evolutiva regida pelo conhecimento e amparo recebido no plano Espiritual, onde ambos se beneficiam em seu aprendizado, conhecimento e principalmente evolução espiritual.
São deveres indispensáveis de todos os Médiuns de Consulta, Descarrego e Linha Médica:
Assumir conscientemente sua mediunidade e saber lidar com ela
É preciso ter consciência de que a mediunidade não limita o ser nem o escraviza, apenas exige dele uma conduta de acordo com o que esperam as Entidades que atuam no plano material através dele para socorrer os encarnados.
O Médium, seja de Consulta, Descarrego ou Linha Médica, deve entender que é um “Templo Vivo”, no qual se manifestam as Entidades, e os Orixás ou mesmo na retirada e incorporação de espíritos sem luz quando dos trabalhos de descarrego, cumprindo assim suas missões junto aos irmãos encarnados.
Não interferir nas Consultas
A mente do médium faz a captação da mensagem da Entidade e a decodifica telepaticamente com a ajuda da mesma. O que o Médium recebe e transmite segundo sua compreensão psíquica varia de acordo com o equilíbrio de sua personalidade ou influência externa que vivencia no momento. É preciso, portanto, que o Médium se permita um período maior de concentração e firmeza, fazendo com que a Entidade assuma por inteiro sua mente e o manifesto através de seu corpo, sem que haja uma interferência pessoal, isto ocorre com o bloqueio do raciocínio deixando fluir toda emanação da Entidade sempre proferida em suas primeiras palavras.
Buscar a energia da força vital positiva
A mediunidade é um instrumento para alcançar a sabedoria interior, expurgando de seu intimo, as vaidades, egoísmo, orgulho, vaidades, ganância e todos os sentimentos inerentes a espíritos inferiores, por meio do afloramento dos estados evolutivos de sua capacidade sensitiva, de forma a distinguir com precisão influências positivas e negativas, aprimorando o processo de crescimento espiritual de integração com as energias vibrantes e iluminadas,
recebidas do plano Espiritual.
A um Médium de Consulta, Descarrego ou Linha Médica, exige-se um reajustamento íntimo de tal ordem, que mentalmente é preciso se colocar numa vibração na qual tudo flua naturalmente, permitindo a incorporação de suas Entidades sem que suas mentes criem bloqueios que impeçam a completa manifestação da mesma, para isso oferecemos curso de formação mediúnica para esclarecer e abrir da melhor forma possível e com maior clareza o canal de ligação com seus Mentores.
Não permitir a interferência das dificuldades materiais
As dificuldades de ordem material, sentimental, familiar, profissional ou de saúde são em grande parte temporárias e superáveis, porém não deve em hipótese alguma influenciar o desejo, autoestima e entusiasmo do Médium, ou mesmo atribuir à religião a culpa ou a responsabilidade de não ter impedido tais dificuldades. O Médium deve manter-se firme e útil a seus semelhantes, pois é neste momento que o desenvolvimento mediúnico, respaldado pela fé, perseverança e confiança no Templo, suas Entidades e Orixás de Comando, sobrepõe-se a todos os inconvenientes ou obstáculos de ordem material, auxiliando-o na continuidade do cumprimento de sua Missão.
Rever-se internamente, sempre que necessário
O Médium deve ter consciência de seu estado de fragilidade emocional momentâneo, procurando amparo e ajuda espiritual dentro de seu Templo. Caso seja de ordem psicológica e exija algum auxilio externo especializado, isto deve ser de conhecimento da Mãe de Santo para que haja um apoio espiritual paralelo.
O Médium deve estar preparado para enfrentar tais fragilidades sem que isto cause interferência na Corrente do Templo. Manter pensamentos positivos para bons efeitos tanto do corpo físico como do espírito. Há emoções que geram consequências drásticas e bloqueios no campo Espiritual que podem comprometer a mediunidade. Sentimentos como a raiva, medo, ressentimento, culpa e outros nesta ordem, reduzem a sintonia entre o Médium e Entidade, diminuindo a capacidade física e mental para uma plena incorporação.
Não sentir ciúme ou inveja dos irmãos
O dom da mediunidade deve ser agradecido e reconhecido como uma oportunidade que nosso Pai Oxalá esta nos dando para evoluirmos de acordo com nossas necessidades e merecimentos. Todas as pessoas são munidas de mediunidade (sensibilidade) de diferentes formas, portanto os valores mediúnicos são equiparáveis e importantes dentro de suas características de ajuda a humanidade. A mediunidade se manifesta nas habilidades da ligação com a espiritualidade, cujo conhecimento é trazido de vidas passadas e pode se expressar na forma de atividades e dons como da pintura, musica, interpretação, escrita e tantos outros. Lembrar sempre que somos Espíritos eternos em trânsito evolutivo e que não nos cabe julgar quem possui maior ou menor bagagem, conhecimento ou merecimento.
Acolhimento e respeito aos novos Médiuns
Um novo Médium deve ser acolhido pelos irmãos já iniciados com muita atenção carinho e respeito, é mais um Filho de Santo do Terreiro que necessita de orientação e preparo, pois ainda não reúne a segurança e autoconfiança necessária para o desempenho de suas funções. Cabe aos Filhos mais antigos e experientes os cuidados para o correto desenvolvimento do novo Médium, não sendo admissível imposição de experiências pessoais, mas sim das normas estabelecidas pelo Templo, podendo ser assim ótimos exemplos de disciplina e religiosidade para seus novos irmãos de fé na pratica da Umbanda.
Disciplina
Entende-se por disciplina o respeito à organização dos trabalhos, às normas, preceitos e diretrizes do Templo, bem como as orientações da Mãe de Santo. O ato de indisciplina demonstra o não comprometimento com as regras estabelecidas, falta de consciência, respeito e maturidade. Caso o Médium, após novamente ser alertado persistir no ato, será afastado de suas atividades ou mesmo excluído da Corrente.
Colaboração nas atividades e serviços do Templo e Santuário
O Médium deve estar inteiramente integrado ao seu Terreiro, considerando-o seu próprio lar, colaborando para que ele se mantenha, prospere e cresça. É sempre agradável trabalhar e frequentar um ambiente limpo, organizado e acolhedor. Deve ter consciência que pode contribuir nas atividades exigidas dentro das Giras, bem como, fazendo uso de suas habilidades auxiliarem nos serviços de conservação, manutenção e todos os reparos que a casa necessitar.
Humildade, Paciência e Tolerância
O Médium quando dentro da Corrente deve estar sempre a serviço da espiritualidade acolhendo de forma respeitosa o manifesto de suas Entidades, não criando qualquer obstáculo a incorporação. Deve estar consciente dos compromissos assumidos, isentos da soberba, orgulho ou vaidade, pois sabe que o Médium não é um fim em si mesmo, mas apenas um meio. Ter humildade é reconhecer que não é melhor que nenhum dos Médiuns que compõe a Corrente, tratando a todos com respeito, carinho e dignidade. A paciência e a tolerância são virtudes importantes e requisitos fundamentais de agregação da Corrente de Trabalhos Espirituais.
Estudar sempre
O conhecimento, aprofundamento de estudos e esclarecimentos em geral são importantíssimos, porém requer cuidados na escolha de uma literatura voltada aos preceitos da religião dentro da conduta estabelecida pelo Templo Espiritual Caboclo Pena Verde, de forma clara e responsável, não permitindo a influencia de outras filosofias, seitas ou praticas não reconhecidas pela doutrina adotada pelo Templo dentro da orientação da Umbanda.
A Umbanda praticada por este Templo está baseada nos princípios da crença Africana e conceitos voltados a espiritualidade influenciadas pelo catolicismo e pelo espiritismo através das obras de Allan Kardec (Livro dos Espíritos, Livro dos Médiuns, Evangelho Segundo o Espiritismo, Gênese e O Céu e o Inferno). Para que isso se realize adequadamente é necessário que os praticantes e seguidores da Umbanda estudem em profundidade seus fundamentos religiosos que podem ser encontrados também nos cursos ministrados em nosso Templo mensalmente, ou na leitura do livro Mensageiros da Espiritualidade e nas mensagens divulgadas em nosso Site.
Deveres dos Médiuns em Desenvolvimento
Além de todas as orientações acima, os Médiuns recém-chegados ou em desenvolvimento têm os seguintes deveres:
Buscar orientações
Sempre que houver qualquer tipo de duvida nunca deixe de esclarecê-la. Procure orientação com os Médiuns mais experientes do Templo que, dependendo do assunto, poderão encaminhá-lo para que fale com a Mãe de Santo ou as Entidades Chefes. O desenvolvimento fluirá sempre naturalmente, tranquilo e equilibrado na forma e ao tempo adequado a cada Médium. A relação entre Médium e Entidade requer um período de amadurecimento que não é ditado pelo Médium, mas sim pela necessidade da Entidade no fortalecimento desta ligação. O aprendizado para o desenvolvimento é uma pratica constante durante toda a vida do Médium neste plano. É parte importante deste aprendizado, a humildade, caridade, devoção, bom senso, perseverança e fundamentalmente fé e amor.
A importância dos trabalhos dentro da Umbanda
Todo e qualquer trabalho e/ou atividades realizados durante as Gira ou nas demais cerimônias regidas pelo Templo tem o mesmo grau de importância, caso contrario não teria sentido realizá-los. É um conjunto de trabalhos e atividades, tais como, auxilio ao descarrego, oração de firmeza (após descarrego), auxilio ao desenvolvimento dos iniciantes, observação e orientação na conduta dentro do Terreiro e mesmo na assistência, conservação da Casa, Santuário, atividades do Cambone, incorporação, etc. Estes são exemplos de relevância para o bom andamento dos trabalhos durante e fora das Giras, para que tudo transcorra de forma harmoniosa e equilibrada. Todo o Filho de Santo que abraçou a espiritualidade deve ter a consciência de que sua missão está voltada ao trabalho como um todo, não cabendo a ele classificá-lo ou mesmo se opor a fazê-lo imaginando sua menor ou maior importância. Jamais deem qualquer desculpa para se ausentarem de suas obrigações. Assim sendo, há uma infinidade de atividades reservadas aos Médiuns na Umbanda, é só terem consciência da beleza Espiritual da religião que abraçaram com humildade, fé, amor e confiança.
Compromissos e Obrigações
São obrigatórios e fundamentais, para todo os Médiuns de Consulta, Descarrego e Cura os seguintes itens:
Considerações finais
O pleno conhecimento desta norma não exime os Médiuns de Consulta, Descarrego e Linha Médica, do conhecimento das Normas Gerais dos Filhos da Casa, Atividades dos Cambones, Atividades dos Ogãs e das Normas Gerais da Assistência, todas são de extrema importância e exigem que todos as conheçam profundamente, ou seja, são complementares
RESPONSABILIDADES DOS CAMBONES
Objetivo
Padronizar as atividades, responsabilidades e condutas dos Cambones que fazem parte da Corrente do Templo Espiritual de Umbanda Caboclo Pena Verde, quer seja no Terreiro, no Santuário ou em outras atividades Espirituais programadas sob o comando da Mãe de Santo.
Definição de Cambone
Define-se médium como mediador, elo, comunicador entre o mundo Espiritual e o mundo material. Os médiuns são trabalhadores que estão a serviço da Espiritualidade. Na Umbanda temos médiuns de várias sensibilidades: os de consulta, de Descarrego, de Oração, da Linha Médica, os Cambones, os Ogãs.
Considerações Inicial
A importância do Cambone está vinculada ao bom andamento dos Trabalhos Espirituais do Terreiro, exige que esteja sempre atento, concentrado e compenetrado no que está fazendo, estar sempre disposto a aprender, estar preparado para todo esforço físico, mental, espiritual, amar os Orixás, seu Templo e, acima de tudo, amar o que faz. O Cambone é um secretário dos Médiuns de Consulta e das Entidades neles incorporadas, zela pelo bom andamento das consultas, dinamizando-as, facilita o trabalho das Entidades, serve como intérprete delas, ou seja, explica sua mensagem ou recado de uma maneira mais simples, sendo assim a sua testemunha. Sua ação é tão importante quando a dos demais Médiuns, pois não estando incorporado de nenhuma Entidade, ele é parte integrante dos Trabalhos Espirituais, sendo assim, as Entidades se utilizam dele para retirar energias negativas dos consulentes.
Muitas vezes um Guia Espiritual tem dificuldades de adentrar no íntimo do consulente devido à densidade energética presente na pessoa e lança mão da presença do Cambone e, através dele, fazendo “uma ponte” consegue auscultar o íntimo da pessoa em consulta.É de extrema importância também a presença do Cambone no momento da consulta e de sua confidencialidade no que se refere a consulta realizada, uma vez que em caso de interpretações errôneas vindas por parte do consulente, o mesmo poderá tirar as duvidas existentes.
Pelo fato de no Templo Espiritual Caboclo Pena Verde não haver rodízios de Cambones, ou seja, um Cambone permanece fixo com um Médium de Consulta, isto provoca uma sinergia muito grande entre eles, faz com que o Cambone conheça a forma de trabalho da Entidade e seus gostos, criando assim uma forma afetiva entre eles, estabelecendo um laço de confiança.
Uma vez que o Cambone poderá vir a ser um Médium de Consulta (caso seja esta sua missão, pois nem todos têm a mesma missão dentro do Terreiro), ele pode considerar esta fase como aprendizado para sua futura missão.
Materiais Básicos
Não há uma lista básica de materiais que um Cambone deve trazer para o Terreiro, pois cada Entidade por ele auxiliada tem características, formas e maneiras diferentes de trabalhar que exigem determinados apetrechos específicos. É importante, e é por essa razão que não há troca de Cambones, (a não ser em casos de extrema necessidade ou afastamento da Casa) que todos saibam exatamente o que cada Entidade vai precisar e não deixar que nada falte para o bom andamento dos Trabalhos.Há, porém, a lista baixo de objetos que, indiferentemente do que as Entidades venham pedir, todo Cambone deve obrigatoriamente trazer em todos os Trabalhos para não ter que pedir emprestado de outro Cambone:
Compromissos e Obrigações
São obrigações indispensáveis de todos os Cambones:
Considerações finais
Os itens acima descritos nesta norma devem ser seguidos obrigatoriamente por todos os Cambones, descrevem como um bom Cambone deve agir e se comportar diante de situações comuns que acontecem em todas as Giras, devem, portanto, ter amplo conhecimento de tudo que aqui está descrito. Em caso de fatos não contemplados por esta norma, devem os Cambones se dirigir a outros Cambones ou Médiuns de Apoio mais experientes para buscarem a solução. Não tomem qualquer atitude por impulso, as consequências poderão ser desastrosas.
O pleno conhecimento desta norma não exime ao Cambone do conhecimento das Normas Gerais dos Filhos da Casa, Normas Gerais dos Médiuns de Consulta, Atividades dos Ogãs e da Normas Gerais da Assistência, todas são de extrema importância e exige que todos as conheçam profundamente, ou seja, são complementares.
Objetivo
Padronizar as atividades, responsabilidades e condutas dos Ogãs do Templo Espiritual de Umbanda Caboclo Pena Verde bem como os cuidados a serem tomados com seus atabaques, organização na chamada dos pontos, para o ritual de abertura e demais trabalhos espirituais do Templo.
DEFINIÇÕES
Ogãs
Médiuns preparados e designados para a abertura e sustentação dos Trabalhos, que através do toque dos atabaques e do canto fazem a evocação dos Orixás. São de sua responsabilidade os cuidados e a preservação de seus atabaques, de seus Ojás de proteção, suas guias e fitas.
Atabaque
Instrumento em forma de tambor utilizado pelos Ogãs durante os cânticos de chamada dos Orixás e Entidades. Além dos atributos naturais, proporcionam a vibração e a frequência necessária para a celebração da Gira, para as evocações, abertura e sustentação da corrente energética nos trabalhos do Templo.
Curimba
É o conjunto de vozes associado ao toque dos atabaques. É formada por Ogãs que tocam e cantam, e por Filhos de Santo encarregados da chamada dos cânticos, organizando a abertura e sequência dos trabalhos. Podem ser acompanhadas de palmas e mesmo das vozes dos demais Filhos presentes.
Considerações iniciais
Os Ogãs, são Filhos de Santo destinados ao louvor aos Orixás através do cântico e toque dos atabaques, são Médiuns de extrema confiança do líder espiritual do Templo.
A principal característica dos Ogãs é a capacidade mediúnica intuitiva, que permite, pela evocação, a entrada das falanges na composição do campo energético positivo e vibratório. Eles são parte fundamental para a formação da corrente de trabalho dentro de um Terreiro. Eles falam pelos Orixás e Entidades e trabalham como se fossem verdadeiros instrumentos de pura vibração.
Exercem a função ritualística que sustentam um trabalho espiritual, emitindo ondas energéticas positivas através do som dos atabaques e de seus cantos que diluem e desagregam as energias negativas.
Os pontos cantados demandam uma magia de alto poder realizador, pois equilibra e positiva a corrente mediúnica.
Os Ogãs devem ser profundos conhecedores dos cantos, rezas e fundamentos de cada Entidade e Orixá das linhas de trabalho. São Médiuns preparados pelo Criador para servirem aos Orixás e Entidades, tendo o dom de movimentar a energia necessária durante o Trabalho, dando a este momento o entusiasmo, empolgação, bons fluidos, alegria e concentração, atraindo de forma vibrante a participação de todos, estimulado um maior sentimento de disciplina, solidariedade e colaboração.
A batida deve ser ritmada sem exageros e o canto deve ser claro e harmonioso, ressaltando a mensagem da letra dos pontos.
Deveres e responsabilidades doe Ogãs
Considerações finais
O pleno conhecimento desta norma não exime os Ogãs do conhecimento das Normas Gerais dos Filhos da Casa, Normas Gerais dos Médiuns de Consulta, Descarrego e Linha Médica. As Atividades dos Cambones e das Normas Gerais da Assistência, todas são de extrema importância e exige que todos as conheçam profundamente, ou seja, são complementares.