19 maio MENSAGEM DA VÓ MARIA CONGA
A luz do açoite.
Difícil entender essa frase, difícil entender como o açoite pode trazer a luz. Mas traz “fia”, traz sim. O açoite não traz só a dor, traz o aprendizado, traz aceitação, traz o amor pela vida, traz a fé. O açoite não é só a chibata que preto velho recebia não, isso aí é dor física. O açoite é a dor da alma, as marcas que trazemos no espírito.
A vó vê tanta gente se açoitando, se flagelando, se maltratando, tanta gente se diminuindo na vida. Esse é o pior dos açoites, é o açoite que vocês carregam para eternidade. Por que aquele açoite da escravidão daquela época era o açoite da carne e na carne ficou, foi pra terra junto com corpo carnal. Mas o açoite de hoje é o da alma, fica no espírito que é eterno. Então a vó vai ensinar a cuidar desse açoite aí, porque na terra o açoite do corpo a gente curava com unguento, sabe? Mas as feridas do açoite da alma a gente tem que curar com amor, com a fé, com a confiança no criador, com esperança. O unguento da alma é a energia, o pensamento positivo.
A vó cansa de ver vocês aumentando o açoite ao invés de tratar da cura.
A vó veio pedir para vós micêis não aumentarem as chibatas do ódio, do rancor, da maldade e sim tratar de curar as feridas que vós micêis carregam para eternidade. E meus filhos o açoite da carne não é nada perto do açoite da alma, e são vocês mesmos o carrasco da vossa alma, da vossa evolução.
Vamos mudar de papel “fio”. Vamos deixar de ser carrasco. Vamos ser curador, curador da luz, curador do amor, curador do perdão, curador da alma. Vamos “fios”, vamos aproveitar essa oportunidade e vamos “fios”, vamos caminhar para cura, para o perdão, para o amor, vamos caminhar.
Que a luz e a força do axé dos pretos e pretas velhas estejam sempre com vós micêis.
Que assim seja.
Vó Maria Conga
Texto enviado por Adriana Barreto, Filha de Santo do T.E.U.C. Pena Verde.
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